8 de fevereiro de 2013

Mata-os Suavemente (Killing them Softly, 2012), de Andrew Dominik


Confesso-me desconcertado. Por um lado, enalteço a forma como o filme se desalinha dos filmes de gangsters industriais e se assume como um "filme de autor", proporcionando a muito referida lentidão (que passa pelo domínio dos diálogos sobre a acção) que já marcara a obra anterior do realizador e que é responsável pelo estilo do filme. Por outro, estou em crer que falta aqui uma real sedução do espectador e que o subtil paralelismo com a actualidade económica acaba por falhar os seus intentos. Ainda assim, há cenas excelentes, como a da morte da personagem do fantástico Ray Liotta. Mas o sabor final demonstra que a brandura de processos origina a brandura de resultados. E dá ainda mais vontade de rever «Goodfellas» ou «Casino».

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