5 de junho de 2015

Ex-Machina (2015), de Alex Garland



O que aconteceria se um andróide dotado de inteligência artificial tomasse consciência? Não é uma novidade nos caminhos da ficção, palavrosa ou imagética, mas o pressuposto da estreia na realização de Alex Garland traz resultados francamente interessantes. Passado num ambiente asséptico, «Ex-Machina» triunfa ao escolher um olhar enxuto que encaixa muito bem no fino suspense que embrulha uma reflexão sobre o ser humano, sobre o desejo e sobre a liberdade. Qual é o oposto de comédia romântica? Talvez esta ficção científica anti-romântica. 7,5/10

Tomorrowland - Terra do Amanhã (2015), de Brad Bird


Bons efeitos especiais? Sim. Mensagem optimista-ecologista-didáctica-idealista? Confere. Cenas de acção e partes humorísticas? Iá. Mas, no fundo, «Tomorrowland» é uma espécie de «Spy Kids», sem verdadeiro interesse para o público adulto. Coisas que valem a pena: os primeiros 10 minutos e a loja Blast from the Past, além da boa banda sonora de Michael Giacchino. Fica-se com a sensação de que seria em animação que o filme resultaria realmente. Foi pena, porque Brad Bird é o autor de «The Incredibles» e «Ratatui». Ai aquele final: parecia mesmo um anúncio da United Colors of Benetton. 6/10