15 de fevereiro de 2013

Bestas do Sul Selvagem (Beasts of the Southern Wild, 2012), de Benh Zeitlin



Um daqueles filmes que surgem das margens às grandes produções e acabam por obter um reconhecimento bem merecido. Primeiro, é uma história que agarra o espectador, ou seja, uma eloquente ilustração da força do cinema narrativo. Depois, temos o prazer de assistir ao domínio da criatividade sobre os meios de produção, já que, neste caso, isso significa também a vitória do ser sobre o ter. A pequena protagonista é, certamente, fabulosa (embora seja duvidosa a nomeação para o Óscar), e o mais que se pode dizer é que sabe mesmo bem fruir de um filme cujo exotismo serve para confirmar uma verdade humana essencial. Qual? A de que todos encerramos uma história única, que resulta da imbricação de duas dimensões: a real e a imaginária. E há uma sequência magnífica, perto do final, que envolve um alcouce de luzes multicolores e pedaços de jacaré panado...

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