8 de maio de 2013

A Essência do Amor (To the Wonder, 2012), de Terrence Malick




Que filme é este? Que mistério é este? É como todos os filmes de Malick. E como nenhum outro. À la merveille. Alguém diz. O sol esplana-se sempre diferente. Mostra-nos o caminho? Que amor é este? Fecham-se as cortinas. Coreografam-se os corpos. Beleza, beleza pura. Ben Affleck é um tremendo erro de cast. Não faz mal. Há Olga Kurylenko. Há música. Mas não responde às perguntas. O som da água infiltra-se nas entranhas da alma. O rosto das crianças é o rosto de Deus. Será? Porque é que Deus os abandonou? Desmaiam as cores no pôr do sol. Mastigam, indiferentes, os bisontes. Não há ninguém aqui. A vida é um sonho e tu podes ser quem quiseres. Cabelos suaves, esvoaçantes. Queres sonhar comigo? Desde que não casemos. Liberta-te. Eu sou a minha própria experiência. Escrevo os meus pensamentos no teu corpo.
Quero pensar-te. Porquê? O ódio nasce do amor. Sentes a luz espiritual? Porque estás triste? Triste não, melancólico. Sozinho. Solteiro. Preciso de te encontrar. Mostra-me o caminho. A música é o caminho mais próximo de exprimir o inexprimível. Rumo à maravilha.
Que filme é este? É poesia. É único. É Malick.