31 de dezembro de 2014

Filmes mais aguardados de 2015



1 - Silence, de Martin Scorsese
2 - Flashmob, de Michael Haneke
3 - Absolutely Anything, de Terry Jones
4 - La Blessure, de Abdellatif Kechiche
5 - The Walk, de Robert Zemeckis
6 - The Lobster, de Yorgos Lanthimos
7 - Jupiter Ascending, dos irmãos Wachowski
8 - Tomorrowland, de Brad Bird
9 - The Secret Scripture, de Jim Sheridan
10 - Crimson Peak, de Guillermo del Toro

Ainda falta o «Birdman» (estreia para a semana), o «Inherent Vice», do PT Anderson, e o «Knight of Cups», do Terrence Malick.
Mas há bom «material», incluindo os últimos de Scorsese, Haneke e Kechiche, uma comédia dos Monty Python com o último papel vocal de Robin Williams e o projecto mais marado do ano, do grego Yorgos Lanthimos, com um excelente elenco internacional.

27 de dezembro de 2014

Melhores filmes de 2014


A lista anual, liderada pelo emocionante Interstellar e seguida de grandes filmes de mestres Scorsese e Fincher. Não esquecendo o estupendo Boyhood, um filme que é como a vida, precioso.

1 - Interstellar, de Christopher Nolan
2 - O Lobo de Wall Street, de Martin Scorsese
3 - Em Parte Incerta, de David Fincher
4 - Boyhood - Momentos de uma Vida, de Richard Linklater
5 - 12 Anos Escravo, de Steve McQueen
6 - Locke, de Steven Knight
7 - Golpada Americana, de David O. Russell
8 - Grand Budapest Hotel, de Wes Anderson
9 - Her - Uma História de Amor, de Spike Jonze
10 - Debaixo da Pele, de Jonathan Glazer

8 de dezembro de 2014

Interstellar (2014), de Christopher Nolan



E mesmo no final consigo ver o filme do ano. «Interstellar» é supostamente um filme de ficção científica, mas isso serve apenas para dizer que nos fala de outros mundos, outras dimensões, outros seres. Mas, ao fim e ao cabo, ficamos a sabê-lo, não seremos nós tudo isso? Há muito de fascinante do ponto de vista visual, sonoro e narrativo em «Interstellar». E o cinema é a arte que mais nos transporta para outro lugar (mesmo que esse lugar esteja dentro de nós). Magia pura, é o que quero dizer. 
Contudo, é pelas emoções que o filme nos arrebata. Trata-se de um compêndio sobre a condição humana (assim são quase sempre as obras-primas): o ímpeto pela descoberta, a atracção pelo desconhecido, a obrigação de proteger os que amamos, a dicotomia entre a razão e o coração, o poder da intuição, a inexorável passagem do tempo, o pesado sentir. E vêmo-nos ao espelho. Desfilam na tela, como na vida, a coragem, a decepção, a angústia, a excitação, a traição, a mentira, a promessa, a fé, o desespero, a compaixão. E o amor, sempre o amor.
«Interstellar» é um milagre. Tal como nós.