13 de abril de 2008

Sweeney Todd (2007), de Tim Burton


Visualmente fabuloso como já não é surpresa num filme de Tim Burton, este «Sweeney Todd» tem a originalidade de colocar o fantástico Johnny Depp a cantar (e ele fá-lo bem). Musical negríssimo, tem uma história deliciosamente macabra, actores inexcedíveis e no aspecto técnico é superior deluxe. A não perder, claro.

O Lado selvagem (Into the Wild, 2007), de Sean Penn


Um excelente filme, uma bela surpresa. Penso que haverá em todos os nós o tal “lado selvagem” de que o filme fala: particularmente numa sociedade em que o conforto e as pseudonecessidades se transformaram em valores, por vezes questionámo-nos se a vida não será maior livre de tudo que nos prenda e assente na simplicidade da relação com a natureza. Se relativamente aos bens materiais isso parece evidente, já o será menos se falarmos nas “prisões afectivas”. Aí a conclusão é bem mais difícil porque o ser humano também se realiza com a partilha emocional. O protagonista do filme empreendeu um caminho difícil e solitário, mas partilhou-o (inadvertidamente, é claro) com o espectador. É esse o nosso prazer maior. Admirável banda sonora de Eddie Veder e a melhor realização de Sean Penn até ao momento.

Expiação (Atonement, 2007), de Joe Wright


Um filme que na sua segunda parte corre depressa demais em relação ao que tem para contar. A banda sonora é bonita e há algumas cenas conseguidas – como a da praia, quase uma pintura épica –, mas é pouco para filme com tamanhas pretensões e tanto prestígio em alguns meios. Uma história de amor a que falta a emoção que nem a tragédia do desenlace consegue redimir.