Mais um bom filme de Alex Proyas. Depois dos filmes de culto (bem negros) "O Corvo" e "Cidade Misteriosa", o cineasta australiano nascido no Egipto vira-se agora para uma produção mais "mainstream" que, apesar de manter um cunho visual bem trabalhado, cede às convenções do cinema de acção com um punhado de sequências "espectaculares" que existem para preencher o programa pré-estabelecido neste campo.
Todavia, Proyas sabe filmar e tem uma história bastante interessante para contar. Mesmo que fique a anos-luz das recentes obras-primas de Spielberg "A.I." e "Relatório Minoritário", que ocupam o mesmo terreno da antecipação científica e do pensar os problemas morais e éticos que a tecnologia pode criar num futuro mais ou menos próximo, "Eu, Robot" é um thriller que diverte e que tem como grande trunfo o robot Sonny - verdadeiro tratado de ambiguidade e talvez a personagem mais humana do filme (curioso que foi criado num processo análogo ao de Gollum da trilogia "O Senhor dos anéis"). Um robot mais humano do que os homens é sempre um campo fértil para a germinação cinematográfica...
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