Segundo filme do realizador de “Cubo”, Vincenzo Natali, premiado pelo júri do Fantasporto 2003, assim como os seus efeitos especiais e o protagonista, Jeremy Northam.
“Cypher” é um conto futurista, com um argumento labiríntico: assim como se David Mamet escrevesse uma história inspirada por “Dark City”, de Alex Proyas. Aliás, o argumento é o principal trunfo do filme, conseguindo manter o interesse e a expectativa até ao final de um labirinto construído em deprimente cenário orwelliano.
A fotografia define logo um ambiente asséptico ilustrativo de uma realidade fantástica onde as peças se encaixam de forma geométrica. A trama segue por caminhos entre o “film noir” e a ficção científica, culminando num clímax francamente conseguido. Depois, ainda temos direito a um epílogo quase irrisório que lhe dá um humor sedutor à moda de um “Thomas Crown Affair”, em que Jeremy Northam, que passeia pelo filme um pouco abananado, se transforma num Bond de óculos escuros e barba de 3 dias…
Um bom filme fantástico que traz boas expectativas sobre os projectos seguintes de Natali.
Em suma, bom.
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