12 de abril de 2013

A Melhor Oferta (The Best Offer, 2012), de Giuseppe Tornatore



O realizador do mítico «Cinema Paraíso» está de regresso com mais uma história de uma personagem invulgar, como a do protagonista do excelente «A Lenda de 1900». Aqui o protagonista é um leiloeiro e coleccionador de quadros, interpretado de forma magistral por Geoffrey Rush, com medo do relacionamento com mulheres. O filme coloca em paralelo o portentoso retrato da solidão afectiva de um homem e uma espécie de parábola sobre a arte, o mistério do feminino e os caminhos tortuosos do amor. Um filme com uma enorme capacidade de tocar a alma humana (pelo menos a minha tocou) e em relação ao qual não se pode esquecer o contributo da sua belíssima banda sonora do incontornável Ennio Morricone (felizmente que a sua idade não o impede de trabalhar e de continuar em forma). Destaque para três sequências memoráveis: duas envolvendo o compartimento secreto de Virgil e ainda a sequência final, que exala uma imensa tristeza. Um filme imensamente belo, que é na minha opinião um dos mais marcantes do ano.

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