26 de janeiro de 2010

3 - «O Senhor dos Anéis» (trilogia, 2001-2003), de Peter Jackson


Uma incrível e monumental jornada que nos permitiu fazer parte da irmandade que lutou pelo Bem com tudo o que de melhor se pode encontrar na Humanidade: amizade, coragem, solidariedade, fidelidade, devoção. Tudo contra o Mal supremo, o exterior e aquele que existe dentro de nós sempre pronto a ser chamado pelas trevas que espreitam a cada canto. O que torna ímpar e grandioso este empreendimento é um conjunto de factores, dos quais se destacam: a história original de Tolkien, clássico dos clássicos e base de tudo; a visão, talento e capacidade de trabalho de Peter Jackson; a escolha e entrega dos actores na personificação dos seus papéis; e todo o trabalho técnico que permitiu criar ao pormenor um novo mundo nunca visto, povoado de lugares de sonho e de criaturas fantásticas. Mas nenhuma criação visual geraria verdadeira emoção se não fosse credível e assente no melhor da dimensão humana. Por tudo isto, uma das melhores e mais comoventes sensações da saga é a noção de que a sorte não é algo aleatório, mas fruto daquilo que os outros fazem por nós na mesma medida em que nós também fazemos pelos outros. Foi assim que funcionou a Irmandade do Anel e foi isso que os conduziu à glória. Pode ser utópico, mas que seria do mundo sem a utopia? «O Senhor dos Anéis» é um colosso cinematográfico sem paralelo e a melhor publicidade que se pode fazer às quase ilimitadas capacidades do cinema nos trazer emoção e deslumbramento.

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