
Ainda estamos no mês de Janeiro e já temos praticamente garantido o Filme do Ano. Mas o novo filme de David Fincher dificilmente será ultrapassado no topo das mais gratificantes experiências cinéfilas de 2009. De facto, estamos na presença de um clássico instantâneo e de um daqueles exemplos do cinema enquanto arte maior. Uma história em jeito de fábula protagonizada por um ser muito especial, que nasce velho e morre bebé, mas que afinal descobrimos ser igual a todos os outros seres humanos. Amor, desejo, alegria, tristeza, vida, morte, dor, são os ingredientes deste filme comovente e absolutamente extraordinário. Para além do grande argumento, realização e interpretações, merece destaque o assombroso trabalho de caracterização e efeitos especiais que, ao contrário do que é corrente, estão apenas ao serviço da história e não procuram o protagonismo. Inesquecível.