E se de repente só nós tivéssemos memórias de uma determinada pessoa - por exemplo, do nosso filho? E se mais ninguém se lembrasse dela, nem as pessoas que connosco partilharam momentos em conjunto? Em síntese, se nos dissessem que as memórias que temos do nosso filho foram inventadas e ele nunca existira?
É esse o (intrigante) ponto de partida deste thriller sobrenatural que coloca em campo os mecanismos que compõem a memória e, neste caso, a sua relação com os sentimentos. Julianne Moore faz com o seu talento habitual o papel de mãe que não quer esquecer o filho que todos querem que ela esqueça. Ela e esta ideia da memória enquanto alicerce da identidade são o que de melhor o filme tem, pois no restante não consegue descolar do convencional neste tipo de narrativas, acabando por resvalar para terrenos contíguos aos da "Teoria da Conspiração", de Richard Donner. Alfre Woodward também tem uma presença carismática, até que... enfim, só visto!
Um entretenimento médio que pode ser o ponto de partida para conversas interessantes, mas não entusiasma pela inventividade dos materiais fílmicos.
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