Uma pausa nas fitas para voltar à tragicómica realidade... Não é que George W. Bush - o mentiroso presidente dos EUA que com a sua política do "far-west" tem tornado o mundo cada vez mais perigoso e dividido - vai ser reeleito para o cargo?!
Confesso a minha estupefacção. Para mim, o seu rosto (podem chamar-lhe preconceito, mas é de tal forma evidente...) é suficiente para abafar qualquer tentativa séria de uma carreira política. Mas enfim, ultrapassemos isso e centremo-nos apenas nos factos, na obra e não no homem. Qual é o resultado? Desastroso, sem dúvida. Mas não foi essa a conclusão dos norte-americanos. Pelos vistos, as evidências não são assim tão evidentes.
Parece lógico que neste segundo mandato a sua administração não voltará a cometer os mesmos erros (talvez cometa outros piores), mas ainda assim é assustador ver entregue o mundo (macro-económica e politicamente falando) de bandeja a tão insólita (porque caricatural) e perigosa personagem. Às vezes, parece haver uma inversão entre a realidade e a ficção. Veja-se a figura de Bush sem reacção durante uma eternidade quando o informam do segundo atentado no 11 de Setembro (cf. "Fahrenheit 9/11", de Michael Moore) e agora comparem com o presidente Palmer da série "24" (actualmente em exibição na 2). A quem confiariam a sala oval?
O mundo é de uma ironia implacável. A mesma terra que cria fantásticas personagens ficcionais pela sua complexidade e criatividade elege para liderar os seus destinos uma criatura cuja unidimensionalidade e irresponsabilidade faz temer pelo futuro de todos. Assim não seja!
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