29 de novembro de 2007

A Vida Não é um Sonho (Requiem for a Dream, 2000), de Darren Aronofsky


Ironicamente, só há poucos dias vi (em DVD) pela primeira vez o filme homónimo deste blogue. E que filme!
Arrasador, «Requiem for a Dream» sintetiza o pesadelo em que a vida se pode transformar, particularmente se ela se basear numa adicção – qualquer que ela seja: a droga, a televisão, as dietas… Filme definitivo sobre a dependência, e também sobre a solidão, realizado em autêntico estado de graça, «A Vida Não é um Sonho» inquieta-nos, agride-nos, obriga-nos a achar bela a fealdade do mundo, ou de algumas coisas do mundo. Tem uma banda sonora sublime e uma daquelas interpretações (Ellen Burstyn) que valem uma carreira. Não o quero rever tão cedo, mas fica guardado na minha “cérebroteca” como um dos grandes filmes do século XXI.

19 de novembro de 2007

Stardust – O Mistério da Estrela Cadente (Stardust, 2007), de Matthew Vaughn


Um filme bem interessante para todos os públicos. Uma fábula com charme que mantém a coerência até ao fim e proporciona alguns momentos divertidos e boas interpretações. Só Michelle Pfeiffer já faz valer o bilhete.

10 de outubro de 2007

Os Fantasmas de Goya (Goya's Ghosts, 2007), de Milos Forman


Dadas as expectativas, foi uma certa desilusão: realização do grande Milos Forman, argumento do excelente Jean-Claude Carrière, produção do brilhante Saul Zaentz, elenco com Natalie Portman, Javier Bardem e Stellan Skarsgard... Enfim, dificilmente poderia correr mal. Todavia, o filme não é totalmente conseguido, principalmente por faltar alguma emoção a toda esta (dramática) história. Vale a pena ver, mas qualquer semelhança com "Amadeus", "Voando Sobre um Ninho de Cucos" ou "Larry Flynt" é pura coincidência.

9 de outubro de 2007

A Premiere acabou! Viva a Premiere!


Um breve e triste apontamento este de assinalar a morte da revista Premiere. Para quem a comprava e lia desde o número 1, como eu, é estranho pensar no fim deste ritual. A indignação é grande, mas também a esperança de que em breve seja possível um projecto semelhante (talvez até com parte da mesma estrutura). E que tal o renascimento da PRIMEIRAS IMAGENS? Fica o repto de um futuro comprador e leitor.

13 de setembro de 2007

À Prova de Morte (Death Proof, 2007), de Quentin Tarantino


Um filme de "pure fun" absolutamente imperdível. Tarantino continua em grande forma a filmar cenas de diálogo deliciosas, fetiches, surpresas desconcertantes, enquanto mantém uma reciclagem contínua de géneros e de influências. E claro, a escolha da banda sonora é uma vez mais superlativa. Memorável a ideia de um "mariquinhas" disfarçado de assassino psicopata encarnado com apuro por Kurt Russell. Eis um filme de verdadeiro "girl power". Para ver e gozar.

7 de setembro de 2007

Ratatui (Ratatouille, 2007), de Brad Bird


Este delicioso filme animado consegue ser simultaneamente uma divertida aventura e um manifesto pelo prazer da boa comida. A qualidade da animação é soberba, as personagens estão bem concebidas, a banda sonora é cativante. Enfim, um espectáculo que nos deixa saciados. Uma das melhores cenas: quando o temível crítico gastronómico Anton Ego prova o "ratatouille" preparado pelo mestre Remy e é devolvido ao paraíso perdido dos sabores da infância. Eu gostei muito e a minha filha ainda mais (e por causa disso, tenho que lhe recontar a história vezes a fio).

25 de julho de 2007

Shrek, o Terceiro (2007)


É mais do mesmo, sim senhor. Mas mais do mesmo, aqui, significa muito bom. Personagens irresistíveis, animação de alto nível e um argumento capaz de um punhado de sequências hilariantes. Claro que não se pode perder.

Zodiac (2007), de David Fincher


Nem parece um filme do grande David Fincher, já que não entra na dimensão fantástica de um "Seven" ou de um "O Jogo", já para não falar no incrível "Clube de Combate". Pode-se, portanto, dizer que fica aquém daquilo a que nos habituou. Mas mesmo assim resta um bom filme, com alguns bons momentos e uma óptima criação de um Robert Downey Jr. com laivos de Al Pacino.

13 de julho de 2007

Um Perfeito Estranho (A Perfect Stranger, 2006), de James Foley


James Foley ainda prometia alguma coisa, mas não passa de um thriller algo banal. Vê-se bem, mas esquece-se facilmente.

25 de abril de 2007