13 de setembro de 2007

À Prova de Morte (Death Proof, 2007), de Quentin Tarantino


Um filme de "pure fun" absolutamente imperdível. Tarantino continua em grande forma a filmar cenas de diálogo deliciosas, fetiches, surpresas desconcertantes, enquanto mantém uma reciclagem contínua de géneros e de influências. E claro, a escolha da banda sonora é uma vez mais superlativa. Memorável a ideia de um "mariquinhas" disfarçado de assassino psicopata encarnado com apuro por Kurt Russell. Eis um filme de verdadeiro "girl power". Para ver e gozar.

7 de setembro de 2007

Ratatui (Ratatouille, 2007), de Brad Bird


Este delicioso filme animado consegue ser simultaneamente uma divertida aventura e um manifesto pelo prazer da boa comida. A qualidade da animação é soberba, as personagens estão bem concebidas, a banda sonora é cativante. Enfim, um espectáculo que nos deixa saciados. Uma das melhores cenas: quando o temível crítico gastronómico Anton Ego prova o "ratatouille" preparado pelo mestre Remy e é devolvido ao paraíso perdido dos sabores da infância. Eu gostei muito e a minha filha ainda mais (e por causa disso, tenho que lhe recontar a história vezes a fio).

25 de julho de 2007

Shrek, o Terceiro (2007)


É mais do mesmo, sim senhor. Mas mais do mesmo, aqui, significa muito bom. Personagens irresistíveis, animação de alto nível e um argumento capaz de um punhado de sequências hilariantes. Claro que não se pode perder.

Zodiac (2007), de David Fincher


Nem parece um filme do grande David Fincher, já que não entra na dimensão fantástica de um "Seven" ou de um "O Jogo", já para não falar no incrível "Clube de Combate". Pode-se, portanto, dizer que fica aquém daquilo a que nos habituou. Mas mesmo assim resta um bom filme, com alguns bons momentos e uma óptima criação de um Robert Downey Jr. com laivos de Al Pacino.

13 de julho de 2007

Um Perfeito Estranho (A Perfect Stranger, 2006), de James Foley


James Foley ainda prometia alguma coisa, mas não passa de um thriller algo banal. Vê-se bem, mas esquece-se facilmente.

25 de abril de 2007

31 de março de 2007

O Último Capítulo (The Fountain, 2006), de Darren Aronofsky


Um belo filme falhado. Talvez seja esta a melhor forma de o qualificar. Um projecto ambicioso sobre o tempo e a procura eterna da fonte da vida, o filme perde-se pela sua indecifrabilidade, mas contém imagens belíssimas e alguns momentos em que vale a pena. Por mim, prefiro um filme (desconcertante, mas diferente) como este do que um outro mais conseguido mas à custa de um jogo também mais seguro com o espectador...

24 de março de 2007

O Labirinto do Fauno (El Laberinto del Fauno, 2006), de Guillermo del Toro


Um belo filme que junta de forma equilibrada o drama mais convencional com o filme fantástico. É acima de tudo um relato sobre as dores do crescimento e o poder dos contos fantásticos enquanto refúgio das crianças. O clímax final atinge elevadas doses de dramatismo e a construção visual de todo o filme é sem dúvida muito conseguida. Merece também grande destaque o óptimo "boneco" de Sergi Lopez, uma personagem deliciosamente maligna com tiques de Hitler.

4 de março de 2007

Pecados Íntimos (Little Children, 2006), de Todd Field


Nos ambientes de "Beleza Americana", este filme explora os subúrbios americanos com a explanação das suas taras e dos seus desejos mais recônditos. Há momentos de grande intensidade dramática, um excelente papel de Kate Winslet (Patrick Wilson também vai muito bem) e muita pertinência analítica que já vinha do livro de Tom Perrotta (que o filme adapta). Apesar do final não ter dado a profundidade e perturbação mais adequada ao desenrolar da trama, fica um filme muito interessante e com alguns grandes momentos.

1 de fevereiro de 2007

Apocalypto (2006), de Mel Gibson


Uma surpresa! Mel Gibson arranca aqui o seu melhor filme: directo, violento, visceral, capaz de não deixar ninguém indiferente. É uma história de aventura e sobrevivência, filmada com um apurado sentido de espectáculo e nunca se detendo para amaciar o ímpeto. Actores muito expressivos, acção quase constante e um fundo de reflexão civilizacional que não desmerece. É excessivo, mas contagia.