31 de dezembro de 2009

Sacanas Sem Lei (Inglourious Basterds, 2009), de Quentin Tarantino


Mais um excelente filme de um dos melhores autores do cinema americano. Uma sarcástica visão da Segunda Guerra Mundial com excelentes sequências dialogadas (onde a tensão se instala com fascínio) entrecortadas com as explosões de violência que são apanágio do autor. Christoph Waltz tem um papel de antologia como inteligentíssimo oficial nazi capaz de farejar onde mais ninguém alcança. Recheado de cinefilia, com planos excepcionais e, acima de tudo, capaz de divertir de forma superior, assim são estes Sacanas Sem Lei.

23 de dezembro de 2009

Avatar (2009), de James Cameron


O filme mais esperado do ano, sem dúvida. Por tudo o que James Cameron vinha prometendo e também pelos grandes filmes («Aliens», «Terminator 2», «Titanic») que já fizera.

A verdade é que a discussão se polarizou entre a excelência dos efeitos visuais e de toda a concepção cenográfica (e, claro, a inédita utilização do 3D) e a limitação do argumento. A minha opinião é de que se confirma a fabulosa experiência visual que se vinha a antecipar (é mesmo um marco na história do cinema) e o argumento, embora podendo ser mais arrojado e, digamos assim, mais adulto, não defrauda assim tanto as expectativas quanto se tem afirmado. É uma bela história de amor interracial e pacifismo, onde sem dúvida que os apelos ambientalistas ecoam na nossa (da Terra) actualidade. Não acho que Cameron tenha ambicionado fazer o melhor filme de todos os tempos, logo, é normal que tenha privilegiado o espectáculo e a imersão do espectador naquele mundo nunca visto. Mas será isso pouco? Não me parece. Desde «O Senhor dos Anéis» que não passara por uma experiência cinematográfica tão escapista, no que isso tem de melhor. Ver o filme é como ir ao mesmo tempo à feira popular, ao jardim zoológico, a um parque tecnológico e... ao cinema, ver um filme de índios e cowboys extraterrestres do futuro. É delirante, é alucinogénico, é comovente, é um grande espectáculo. Não é uma obra-prima, mas é absolutamente a não perder, pois enquanto experiência é inolvidável.

18 de dezembro de 2009

Actividade Paranormal (Paranormal Activity, 2007), de Oren Peli


Grande surpresa da temporada, esta é uma espécie de mistura de «O Exorcista» com «O Projecto Blair Witch». Não sendo propriamente original, é verdade que consegue perturbar nalguns momentos, quando nos conseguimos embrenhar no filme e pensar que aquilo poderia estar mesmo a acontecer. Os nossos medos mais irracionais passam precisamente pelo clima "sugestivo" que o filme evoca: barulhos estranhos, acontecimentos para os quais não temos explicação...

A Vida é um Jogo (The Hustler, de Robert Rossen, 1961)


... E agora que o Daniel já está um homenzinho...

Venho falar de um grande filme que vi em DVD. É um clássico de 1961 que imbrica snooker e vida como poucos filmes se viram. Paul Newman está em grande, George C. Scott também, Jackie Gleason idem, e a realização é excelente. Um dos melhores filmes de sempre sobre o jogo.