
Podia ter sido este o título do filme de Spielberg, se na altura em que o grande realizador norte-americano procurava uma história de salvamento de judeus do inconcebível extermínio nazi tivesse encontrado informação suficiente sobre o acto extraordinário de Aristides de Sousa Mendes em 1940. Passados 55 anos sobre a morte de um verdadeiro herói, não só nacional, mas de toda a humanidade, vale a pena lembrar que, apesar de ter morrido na miséria económica e anímica, Aristides salvou mais do que 30 000 pessoas - salvou milhões, pois os descendentes desses milhares que foram salvos são a prova viva de que quem salva uma pessoa, salva o mundo inteiro.